Por uma estranha coincidência, na minha viagem de volta da Bolívia ao Brasil, ontem, ao sair do meu hotel localizado na Praça 25 de Maio, em Sucre, fiquei surpreso com um impressionante bloqueio policial nessa praça. Dezenas ou talvez centenas de membros da polícia boliviana e de outros sistemas de segurança impediam totalmente a entrada e a circulação de pessoas em um quarteirão ao redor da praça central de Sucre. Assim, as pessoas estavam totalmente impedidas de entrar nessa região, e eu tive enorme dificuldade para encontrar transporte para o aeroporto. Bem, qual é o motivo desse bloqueio, digamos, militar absoluto da entrada de pessoas nesse local? Simplesmente havia um ato oficial que seria realizado na Casa da Liberdade relacionado à posse do novo presidente boliviano. Quando cheguei ao aeroporto, coincidentemente pude testemunhar a chegada do avião com sua comitiva para este ato político tão importante. Também me chamou a atenção que na comitiva havia pessoas muito simpáticas, crianças, senhoras, todos, claro, muito elegantemente vestidos. Parecia o desembarque de um cruzeiro marítimo familiar com pessoas, como eu disse, muito bem vestidas. Então, de repente, refleti no seguinte sentido. Trata-se de um ato político da maior importância histórica, onde, claro, qual é o lugar das famílias e qual deveria ser o lugar do povo? Então, fazemos viagens que parecem turísticas em cerimônias onde evitamos a presença do povo soberano? É uma simples reflexão que faço com base nas coincidências que tive em minha viagem de retorno ao Brasil.
Entrevista para a Rádio Global de Sucre: bolivianos em São Paulo
O presidente da Federação Única de Residentes Bolivianos no Brasil, Dr. Jorge Pantoja, foi entrevistado pela Rádio Global, uma das maiores de Sucre e do país. Veja um trecho em que ele fala sobre o trabalho dos bolivianos em São Paulo e os desafios da imigração.